14.1.08
Foto: Josie Mepe/Mercury News (http://www.mercurynews.com/)Mavericks é o Maracanã do surfe californiano. Ontem, durante o evento anual realizado no pico, milhares de espectadores munidos de binóculos se apinharam nas encostas virgens perto de Half Moon Bay. Greg Long venceu dentro d'água. Em terra firme, o meio ambiente perdeu.
As histórias publicadas hoje na internet pelos jornais locais não falam de ondas assustadoras ou risco de morte dos surfistas. O tema comum é o risco ambiental da multidão que se desloca para uma região de ecossistemas frágeis. Este ano, os organizadores tentaram dispersar o crowd com transmissão ao vivo no MySpace e telas gigantes no Parque AT&T. Em vão.
A galera quer ver as bombas ao vivo mesmo. O público estimado pelos organizadores foi de 40 mil pessoas no local e apenas 1.000 no Parque AT&T. Para minimizar o caos, voluntários orientavam o público a pegar o transporte gratuito oferecido pelo evento. Ainda assim, as estradas próximas apresentavam, ao fim do evento, engarrafamentos de quase 20 quilômetros.
Em entrevista ao jornal San Jose Mercury News, o casal de chefs Don e Rose Rickert saíram de Indian Wells de carro para chegar ao evento: "Pensei que seria a gente e outros 28 fissurados em surfe", disse Don. "Pelo menos eles parecem ter feito um bom trabalho para organizar a multidão, com muitos voluntários o serviço de transporte."
O potencial de mercado do surfe de ondas grandes é quase tão assustador quanto as bombas de 20 pés sólidos que ontem quebraram nas águas frias e cheias de tubarão de Mavericks.
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