10.9.07
Duelo com três? Impossível no nosso léxico, não no surfe. O circuito brasileiro profissional (SuperSurf) chega à penúltima etapa do ano com Marcelo Trekinho, Marco Polo e Jihad Kohdr empatados na liderança. Um inédito e saboroso equilíbrio. Um carioca, um catarinense, um paranaense. Um lebloniano moderno, um manezinho concentrado e um muçulmano de matinhos que sabe usar a borda.
Perdoem os outros 43 surfistas inscritos, mas a etapa de São Sebastião, que começa nesta quarta-feira, é só a briga de três. Quarto na temporada, o correto local Renato Galvão, de São Paulo, pode até estragar o circo montado para a disputa da tríade. Pode, ainda, por que não, embolar a disputa pelo caneco de 2007. Mas, até que isso aconteça, os holofotes estarão apontados para o tal duelo com três.
Como naquelas entrevistas teaser antes das grandes lutas de boxe, em que um espeta o outro, cada um dos três guerreiros diz uma coisa sobre a disputa desta semana:
Diz, Marcelo Trekinho: “Sempre consegui coisas boas em Maresias (São Sebastião), desde a primeira vez que eu fui. Seja um tubão no freesurf, ou uma vitória no campeonato, ou até uma bateria excelente que eu tenha feito. É, com certeza, um dos lugares que eu realmente mais gosto de competir”.
Microfone no Marco Polo: “Disputei as etapas da perna européia do WQS para manter um bom ritmo de competição e conto com toda a torcida de Santa Catarina para tentar levar este título inédito de campeão brasileiro profissional para o nosso estado”
Agora é contigo, Jihad: “Vou dar uma dura neles e não vou deixar barato. Quero ser bicampeão brasileiro para deixar meu nome na história do circuito brasileiro antes de começar a escrever a minha história no WCT. Consegui vencer em Ubatuba (última etapa) e encostei neles, então agora ganhei mais confiança. As duas últimas etapas vão rolar justamente nos dois lugares que eu venci no ano passado. São ondas que eu gosto muito."
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